terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Retrospectiva Youtube 2013

Esta semana o Youtube soltou a sua já famosa retrospectiva de final de ano onde eles fazem uma compilação das músicas mais acessadas com os videos mais vistos na rede social. Assim como foi no ano passado e, sinalizando como forte tendência para o mercado futuro, mais de 90% dos videos são produções com alta qualidade tanto de produção como conteúdo. Veja no video abaixo:


Já no Brasil a coisa é diferente e os nossos "sucessos" foram os videos bizzaros e de funkeiros "famosos", refletindo uma máxima da televisão que nivela por baixo todo e qualquer conteúdo a fim de trazer audiência. Aliás, este é um conceito a ser discutido. Enquanto os programas há alguns anos brigavam por índices que facilmente passavam dos 30 pontos, hoje estão abaixo dos 20. Bem, mas isso é matéria para outra postagem.

A verdade é que boa parte destes fenômenos brasileiros são falsos. Os produtores compram visualizações aos milhares e por isso que os vídeos de funkeiros e duplas de arrocha que ninguém nunca tinha visto conseguem ter milhões de visualizações nos primeiros dias. Aí, aliado a uma estratégia de jaba em programas dominicais, estes "artistas" começam a ficar realmente conhecidos. Até o dia em que outro aparece e assim sucessivamente...



Claro que há fenômenos maravilhosos e dignos de aplausos como o caso da Galinha Pintadinha que recusada por praticamente todos os canis de TV encontrou na internet seu verdadeiro valor e hoje é lider em seu segmento. Muitos vão se perguntar mas e o "Porta dos Fundos". Sem dúvida eles são hoje os melhores humoristas do país. Mas é preciso considerar também que eles pecam pelo excesso, mas não os culpo. Fazer um trabalho no ritmo como eles fazem não é fácil. Lógico que o sucesso deles na internet também se dá pelo fato de todos estarem ligados direta ou indiretamente a TV.

A verdade é que os brasileiros ainda estão viciados nos conteúdos de TV e vão demorar um pouco até aceitarem novos rostos e conteúdos que só terão visibilidade pela internet. Mas há uma esperança no fim do túnel! E você o que acha dos "Sucessos Brasileiros do Youtube?"


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Já sabia...

Lembro-me muito bem que em 2005, deslumbrado com uma novidade chamada Youtube e com a energia dos meus 20 e poucos anos, decidi fazer minha primeira websérie chamada  Artigo 159. Apesar da inexperiência, foi um trabalho inesquecível para mim porque foi determinante para que eu hoje tivesse sucesso em meus projetos.


Na época estava fazendo minha pós-graduação e lembro-me muito bem que, empolgado com os resultados da minha experiência, propus para minha orientadora que iria fazer o meu trabalho final sobre o assunto. Prontamente ela disse: "Isso não vai dar certo. Vídeo pela internet nunca vai superar a televisão. Melhor deixar isso pra lá. Vamos trocar o tema do seu trabalho final." Diante de uma briga perdida acatei a decisão da minha orientadora. Mas nunca abandonei minhas idéias. Na verdade nem me lembro sobre o que foi o meu trabalho final...

Já em 2011 quando lancei minha websérie Heróis, fiz com um discurso firme sobre o que eu pensava para os próximos 5 anos. Em várias entrevistas que dei, afirmava que o conteúdo profissional iria superar a explosão do conteúdo amador que inundavam e inundam nossas redes. Com uma explicação bem silmples: estes são conteúdos efêmeros e vazios e que apesar dos milhões de views, não agragam nenhum valor a qualquer marca e são facilmente esquecidos. Diferentes dos conteúdos profissionais atravessam os anos formando opiniões e deixando suas marcas nas nossas vidas.

E hoje fui "surpreendido" com a notícia de que a Netflix detém, sozinha, quase um terço de todo o tráfego de internet na América do Norte no horário nobre. Foi o que revelou um estudo divulgado pela Sandvine, uma empresa canadense de banda larga. Segundo o levantamento, 31,6% de todo o tráfego de internet em desktops (computadores) está associado ao consumo de filmes e séries de TV na Netflix. O YouTube aparece em segundo lugar, com 18,69% do tráfego. Ou seja, mais da metade do tráfego na internet está em sites de vídeos em streaming. A Amazon Video, que se apresenta como concorrente da Netflix, está em um distante oitavo lugar, com 1,61% do tráfego. A Hulu, site de vídeos pertencente ao grupo NBC Universal, vem logo atrás do Facebook, na décima posição, com 1,29% do tráfego. Confira tabela completa elaborada pela Sandvine:


O que o futuro nos aguarda? Bem, vou dar uma dica para os meus amigos produtores: Já pensaram no processo de gameficação das narrativas audiovisuais? Não? Você está ficando atrasado... Voltarei ao assunto em outros posts!

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Kpixes e Angra produzem vídeo sobre o “Bem Pensado! Games Edition”

Mediado por Marcelo Nery, Coordenador de Jogos Digitais da PUC-MG, o “Bem Pensado!” contou com a presença dos principais integrantes da indústria de games de Minas Gerais e debateu os rumos do setor em nosso estado e no país, de uma forma geral. E o evento rendeu ainda um material audiovisual de altíssimo nível, desenvolvido e editado pela Kpixes, produtora de vídeos em Belo Horizonte. O conteúdo pode ser visto abaixo, e ainda conferido em nossa Fan Page e no canal do Youtube da empresa.



domingo, 27 de outubro de 2013

Mais dois prêmios Internacionais!

 

O diretor mineiro Guto Aeraphe ganhou nesta semana os prêmios de "Melhor Produção" e "Melhor Websérie" durante o Campiflegrei Webfest, na Itália. Neste ano Guto participou ainda de outros 5 festivais pelo mundo totalizando 8 prêmios recebidos ao longo do ano, dentre eles o de "Melhor Diretor".


As webséries são um novo formato de audiovisual que está ganhando força no mercado e a preferência dos telespectadores. A facilidade de ver episódios onde e quando quiser torna este formato mais agradável. "Sem dúvida é uma alternativa para quem já está cansado da dramaturgia atual da televisão brasileira. Nas webséries é comum ver temáticas como suspense, ficção científica e até mesmo terro, com qualidade técnica apurada com efeitos especiais que superam e muitos os feitos pelas telenovelas." comenta do diretor. 


Recentemente Guto lançou seu mais novo trabalho, a websérie "Nascido Morto" um suspense policial que já está convidado para participar de um dos mais importantes festivais do gênero: o Marseille Webfest, na França, em 2014. Nascido Morto tem roteiro de Alex Moletta e conta a história de Renato, um jovem marcado por uma inexplicável doença que o faz não sentir dor e que luta para vingar a morte da mãe e encontrar os seus próprios sentimentos. Esta e outras webséries do diretor estão disponíveis gratuitamente pelo canal www.webseriados.com. 


Para o próximo ano o diretor mineiro prepara um de seus trabalhos mais ambiciosos: seu primeiro longa metragem. Nele ele o cineasta volta ao tema drama de guerra e vai abordar a participação do Brasil no processo de pacificação do Haiti. Como não poderia deixar de ser, o projeto contempla também uma websérie e um game. A previsão de lançamento é para o segundo semestre de 2014.

sábado, 26 de outubro de 2013

Recordar é viver...


Com certeza nada nessa vida é por acaso. Recentemente iniciei meus estudos para me tornar um Game Designer. Mas ontem, revirando mais uma vez as minhas "caixas do passado", encontrei algo que me fez sentir estar no caminho certo! São desenhos de mapas e histórias de RPG que eu criei há aproximadamente 20 anos... 


 Numa época em que computador era um luxo de poucos e tudo tinha que ser feito com muita imaginação e uma caneta... Quando muito em uma máquina de escrever... Tudo isso me ajudou muito no processo de formação como Diretor e roteirista. O mais incrível é que agora, estudando para ser um game designer me vejo aprendendo técnicas daquilo que antes eu fazia por intuição e diversão! Pois é... como diz o poeta: " Recordar e Viver"

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Bolada fora...






No último domingo o programa do Faustão anunciou uma nova atração que me chamou muito a atenção. Com um nome bem estranho o quadro "Bolada na Bolinha prometia muito, já que de acordo com a própria emissora, "dá a sensação de uma partida de videogame, mas com gente de verdade e que disputa um prêmio em dinheiro e repleto de efeitos visuais." 

Na minha ingenuidade (que absurdo!) imaginei que em tempos de tanta tecnologia, hologramas, kinects e alta definição, a Globo realmente tivesse inovado em uma linguagem onde as pessoas pudessem ter uma experiência de realidade virtual, ou para atualizar o conceito, uma experiência de virtualidade real.

Explico. Antigamente, no meu tempo (não acredito que com 33 anos estou falando isso), havia o conceito de realidade virtual, onde através de tecnologia de interface avançada entre um usuário e um sistema computacional, conseguia-se recriar ao máximo a sensação de realidade para um indivíduo, levando-o a adotar essa interação como uma de suas realidades temporais. 




Já a "virtualidade real" trabalha ao contrário… É quando estes mesmos dispositivos tecnológicos colocam elementos virtuais interativos dentro da nossa realidade física. O maior exemplo disso é o já famoso Google Glass. Através dele podemos obter informações e dados através das lentes do dispositivos e assim interagir com o espaço real e virtual ao mesmo tempo. Este aliás, tem sido tema de estudo de meu interesse, já que acretido ser o futuro dos universos dos games.

Academissimos a parte, como amante dos universos dos jogos e da televisão, sentei na frente da telinha esperando mais essa novidade! Depois de pesquisar um pouco, descobri que "Bolada na Bolinha" é um formato adquirido pela emissora junto a produtora Fremantle e teve a sua estreia mundial na Globo. Como ela é dona de vários formatos de sucesso, dentre eles o Ídolos, fiquei ainda mais ansioso, já que uma gigante do entretenimento não faria qualquer coisa…

Coitado de mim… Depois de uma nada discreta apresentação fiquei completamente decepcionado com o quadro. Sem dúvida a ideia é boa, mas muito mal executada. Em meio ao chroma-key, bexigas reais eram inseridas e serviam de alvo para o participante atirar bolinas de paintball. As cores berrantes dos cenários e a iluminação mal feita fez com que eu me lembrasse dos primeiros videoclipes no final da década de 80 onde as pessoas ficavam com aqueles recortes horrorosos e manchas verdes ou azuis dos reflexos da tinta do chroma. Lembrou-me também o game show do Hugo, que passava na tv Gazeta e que pode ser visto neste video 



Erros grotescos que não fazem parte do universo do "Padrão de Qualidade da Globo". Eu diria que é como um upgrade tecnológico nas finadas "Olimpíadas do Faustão". Sem dúvida tem muito a melhorar.

A verdade é que não há nada de novo nisso, afinal, o Gugu, há exatos 20 anos, exibia em seu programa "Domingo Legal" o quadro "Play TV" que já animava nossas tardes nos "transportando" para o maravilhoso universo dos games como pode ser visto no video abaixo. Na época, o quadro era pratrocinado pela TecToy.



Prometo mais tarde fazer um outro texto sobre a relação entre tv e jogos eletrônicos! Por enquanto, faça uma comparação entre as duas atrações e tire suas conclusões!






quarta-feira, 2 de outubro de 2013


O cinema é algo fascinante... Não me veria fazendo outra coisa nesta vida! Somente através desta mágica profissão que depende de um pequeno dispositivo que eterniza imagens é possível transformar o nosso mundo em algo inimaginável.

Parnasianismos a parte, o que quero dizer é que através das lentes da minha câmera tive a oportunidade de conhecer muitas coisas, pessoas e lugares maravilhosos em diversos pontos do Brasil e do mundo. E nesta última semana aumentei ainda mais meu curriculo de viajante quando fui realizar um documentário sobre um trecho da Estrada Real aqui em Minas.


Para quem não conhece, a Estrada Real é um dos maiores circuitos turísticos do Brasil. Com cerca de 1600km. Ela começou a ser construída no século XVII para ligar a região do litoral carioca às regiões produtoras de ouro do interior de Minas Gerais.

No início a Estrada ligava Ouro Preto (na época, Vila Rico do Ouro Preto), em Minas Gerais ao Porto de Paraty, no Rio de Janeiro. O caminho era usado para transportar o ouro e demais carregamentos da cidade mineira até o porto e, ao longo do caminho, foram sendo fundadas vilas e diversos pontos de parada para os tropeiros, badeirantes, mineradores e outros viajantes que faziam o percurso da Estrada Real. Na época, seu percurso levava 60 dias para ser feito devido às dificuldades de percurso na estrada de terra que atravessa a Serra da Mantiqueira e da distância.


Mas engana-se quem pensa que este caminho se resume à Ouro Preto ou Tiradentes. É muito mais que isso! E pude observar de perto as belezas que outras cidades como Caete, Catas Altas, Santa Bárbara e barão de Cocais tem a oferecer. Todas coladas em Belo Horizonte!

Sem contar que a região já era habitada há milênios pelos nossos ancestrais, com registros comprovados através das inúmeras pinturas rupestres que estão na região de Pedra Pintada há quase 10 mil anos...


Recomendo muito conhecer não só as Igrejas e os casarios centenários, mas também as belezas naturais com seus rios, montanhas e cachoeiras quase intocadas pelo homem. Além das tradições culturais como os teares de Santa Bárbara, o Vinho de Jabuticaba de Catas Altas e a tricentenária cavalhada de Brumal.  Sem deixar de falar da maravilhosa Serra do Caraça! Fica a dica!






quarta-feira, 18 de setembro de 2013

PARABÉNS pra TV



Pois é pessoal! Hoje é aniversário de uma grande amiga nossa! Aquela que nos entende, nos diverte... Às vezes nos assusta, nos deixa quase apavorados! Mas sempre está lá, companheira de sempre. 24 horas por dia, 7 dias por semana. E não importa em que  lugar estamos ela sempre está lá, ao nosso lado. Seja pra nos distrair, seja para nos manter informados das mais importantes ou inúteis notícias. Seja nos momentos difíceis ou apenas para nos fazer companhia durante alguma insônia qualquer...

Hoje, exatamente hoje dia 18 de setembro, o senhor Assis Chateubriand inaugurava a primeira emissora de tv do Brasil e desde então não parou de crescer no país e hoje representa um fator importante na cultura popular moderna da sociedade brasileira. Pouco tempo depois, em 8 de setembro de 1955, entra no ar a TV Itacolomi canal 4 de Belo Horizonte...

Parabéns para a TV e principalmente para todos aqueles que assim como eu fazem parte desta maravilhosa caixa mágica de sonhos e magias!!!

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

“Séries de TV e Web” e “O Povo Na TV” são temas de bate papo no FECIM 2013

Repórter Isabella Baltazar



Para o segundo momento das mesas de discussões, o tema foi “Seriado e Web TV”, com Guto Aeraphe – professor de Fotografia, Produção Audiovisual e de Cinema em universidades mineiras – e Aurora Miranda Leão – jornalista, radialista e produtora cultural. Em debate, estiveram os questionamentos: “quais panoramas, balanços e perspectivas podemos traçar no meio de criação e concepção de séries do Brasil, principalmente na web? De que modo as referências pessoais dos produtores e diretores envolvidos nestas obras contribuem para a “modelagem” da série, principalmente em sua concepção artística e visual?

 Guto falou sobre a necessidade de conciliar a arte com o valor comercial. “É importante pensar no artísticamente interessante e no economicamente viável”, afirmou. Muitos participantes da plateia, especialmente diretores de curtas da Mostra Competitiva, e que também são produtores de programação web, engrossaram a discussão que, para eles, rendeu bons frutos. “Não é em todo festival que há um conteúdo que o Fecim está proponto”, disse o diretor da animação “Paleolito” Gabriel Calegario. Ele, que está na lista de suplentes para receber apoio da “Rio Filmes”, comentou sobre os desafios da produção cinematográfica.



Dando seguimento à programação, aconteceu a mesa “O povo na TV”, um debate sobre a representação das domésticas na TV e no Cinema, com Gabriel Mascaro (diretor do longa “Doméstica”, exibido no Cinema na Praça na noite de sexta-feira, 6), Lais Mendes Pimentel, roterista novela global “Cheias de Charme”, e a atriz Kátia Moraes, que interpretou a doméstica Marilda, na novela “Fina Estampa”.

Kátia destacou que durante muito tempo as empregadas domésticas assumiam um papel figurante nas principais cenas, e que, após sua personagem, esse quadro mudou. Ela diz que hoje essas personagens assumem posição de relevância, desempenhando papéis determinantes nas tramas. Lais explicou que, em “Cheias de Charme”, na intenção de colocar as domésticas em primeiro plano, foram levantadas discussões essenciais à classe, como o direitos trabalhistas, sem perder a leveza e a serenidade pertinente ao entretenimento da telenovela.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Semanalmente, 72% das pessoas no mundo assistem a vídeos em dispositivos móveis, aponta pesquisa

Semanalmente, 72% das pessoas no mundo assistem a vídeos em dispositivos móveis, aponta pesquisa A Ericsson divulgou os resultados da mais recente pesquisa do Ericsson ConsumerLab, um relatório anual sobre as tendências na área de televisão. O estudo apontou que mais de metade dos entrevistados na pesquisa considera seus computadores e a conexão à Internet parte fundamental dos seus hábitos de consumo de TV e vídeos. A pesquisa mostra ainda que 72% dos entrevistados têm o hábito de utilizar seus dispositivos móveis para assistir a vídeos pelo menos uma vez por semana e pelo menos 42% o fazem fora de casa. 75% das pessoas vêem televisão e usam os dispositivos móveis ao mesmo tempo. Outra tendência, classificada pelos pesquisadores da Ericsson como "place-shifted viewing", é o hábito de assistir a um mesmo conteúdo em diferentes lugares e horários. 41% dos entrevistados com idade entre 65 e 69 anos fizeram streaming de conteúdo on-demand ou o consumiram em mais de um device mais de uma vez por semana.

O crescimento do consumo de vídeos sob demanda é bastante significativo na faixa etária dos 55 a 59 anos, com aumento de 18% no consumo mais de uma vez por semana desde 2011. No entanto, a TV linear ainda desempenha um papel importante na vida dos entrevistados. 36% afirmam que assistir a eventos esportivos ao vivo é uma parte bastante importante de seus hábitos relativos à televisão.

A pesquisa foi conduzida no Brasil, Canadá, Chile, China, França, Alemanha, Itália, México, Coréia do Sul, Espanha, Suécia, Taiwan, Reino Unido e Estados Unidos. Foram feitas 30 entrevistas em casa nas principais cidades e 15 mil entrevistas online.

Fonte: Revista Tela Viva

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Por que as empresas de TV vão odiar o Chromecast?






Muitas vezes a tecnologia permite que um mesmo conteúdo seja visualizado por diferentes plataformas. Mas quem ganha com isso? O que é melhor para as empresas? O que é melhor para o consumidor deste conteúdo?

Entre as novidades divulgadas pelo Google, um novo produto, o Chromecast chamou a atenção. Com o formato de um pen drive, ele trabalha acoplado à entrada HDMI de um televisor. Pela rede sem fio, recebe áudio e vídeo de smartphones, tablets e computadores pessoais.

Aplicativos compatíveis com o Chromecast, como Netflix, YouTube e o browser Chrome, terão um botão com a palavra Cast (transmitir). Bastará tocar nele para iniciar a transmissão das imagens para a TV. Isso deve funcionar com iPhone, iPad, PCs com Windows, Mac e, claro, tablets e smartphones com Android.

Embora haja outros dispositivos com a mesma finalidade nas lojas, o Chromecast é uma solução singular em vários aspectos. Para começar, ela roda o sistema Chrome OS, em vez do Android. Quando o conteúdo for transmitido de um PC, a transmissão é feita por meio do browser Chrome.

No caso dos apps que recebem conteúdo por streaming, esse conteúdo será enviado diretamente da nuvem para o Chromecast, sem passar pelo dispositivo móvel que está sendo usado para comandar a exibição.

O Google diz que isso vai evitar que a carga da bateria do smartphone ou tablet se esgote rapidamente. Além disso, o usuário poderá trabalhar em outro aplicativo enquanto a transmissão é feita.

                                    

O colunista Peter Kafta, do All ThingsD, escreveu uma análise sobre a ferramenta do Google. Kafta avalia que nos Estados Unidos os executivos de TV não podem achar isso uma boa ideia, já que ainda tateiam na busca de distribuição de conteúdo da televisão para a internet de maneira qualificada e que seja revertida em lucro.


Além disso, outras empresas como o próprio Hulu, por exemplo, tentam restringir o usuário de assistir o seu serviço livre em telas de TV. Tanto que, para isso, conta com um serviço Plus, que é cobrado dos usuários, no valor de US$ 8.

O HBO também pode contrariar o Google. Exemplo disso, é que impediu os usuários da Apple TV de fazer streaming de seus programas nos iPads e iPhones até fevereiro.

O colunista apurou que a principal “mágoa” das empresas de TV em relação ao Google é que a empresa norte-americana não teria trabalhado de maneira séria para combater conteúdos pirateados.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Lançamento do documentário Heróis, Memórias do Front.

 


Neste domingo aconteceu a estreia do meu mais novo trabalho, realizado em parceria com a Rede Minas de Televisão. É um "docudrama"(um documentário com cenas de dramaturgia) baseado na minha websérie Heróis que fala sobre os Pracinhas. Em depoimentos emocionantes, os nossos ex-combatentes contam como foi toda a trajetória da FEB em solo italiano durante a segunda guerra mundial. 

Mas antes, junto com o Museu Histórico da FEB em Belo Horizonte, fizemos uma pequena sessão fechada para os pracinhas e seus familiares. Foi um dos momentos mais emocionantes, ver de perto aqueles heróis que tanto fizeram pela nossa pátria.



Quem quiser acompanhar a saga destes bravos homens, o documentário terá mais dois episódios, sempre aos domingos às 19h. Quem estiver fora do Estado de Minas pode acompanhar ao vivo pela internet no site www.redeminas.tv

quarta-feira, 31 de julho de 2013

WEBSÉRIE NASCIDO MORTO - EPISÓDIO PILOTO

No ar o primeiro episódio de "Nascido Morto", nova Websérie original do canal Weseriados.com com direção minha e roteiro de Alex Moletta. Confiram!!!!

SINOPSE

Em uma sociedade preconceituosa, incoerente, discriminatória e que luta para manter as aparências de equilíbrio e justiça sociais, Renato, um jovem marcado por uma inexplicável doença que o faz não sentir dor, luta para vingar a morte de da mãe e encontrar os seus próprios sentimentos.


WEBSÉRIE NASCIDO MORTO - EPISÓDIO PILOTO

No ar o primeiro episódio de "Nascido Morto", nova Websérie original do canal Weseriados.com com direção minha e roteiro de Alex Moletta. Confiram!!!!

SINOPSE

Em uma sociedade preconceituosa, incoerente, discriminatória e que luta para manter as aparências de equilíbrio e justiça sociais, Renato, um jovem marcado por uma inexplicável doença que o faz não sentir dor, luta para vingar a morte de da mãe e encontrar os seus próprios sentimentos.


quarta-feira, 24 de julho de 2013

Amazon começa a investir na produção de série dramáticas




Quando o Amazon anunciou em maio de 2012 que iria começar a investir na produção de séries, ele restringiu o desenvolvimento de projetos às comédias e aos programas infantis, dois segmentos de fácil aceitação do mercado e do público.

Depois de produzir os pilotos para avaliação e disponibilizá-los para que o público (EUA, Reino Unido e Alemanha) pudesse escolher qual deles mereceria ter sua produção aprovada, o estúdio anunciou a encomenda de suas primeiras séries. Entre aquelas voltadas para o público adulto estão Alpha House e Betas. A primeira é uma comédia situada nos bastidores da política e a segunda trata do universo das novas tecnologias.

Antes mesmo da estreia dessas produções, que não chegaram a gerar burburinho entre o público ou a crítica, o Amazon anuncia seu interesse em começar a investir na produção de séries dramáticas e de curtas metragem. Para este último, o processo de seleção será o mesmo das séries cômicas e infantis, ou seja, roteiristas interessados enviam seus projetos para avaliação de uma equipe do estúdio. Já para as séries dramáticas (que custam mais caro), o processo seguirá o modelo dos demais canais de TV.

O Amazon está contratando um profissional para se encarregar do departamento de desenvolvimento de projetos dramáticos. As exigências revelam a seriedade com a que o site pretende trabalhar nesta área. O profissional que eles procuram precisa ter bacharelado em direito, administração ou cinema, o mínimo de oito anos de experiência bem sucedida no desenvolvimento de séries, experiência na supervisão simultânea de diversas produções, bom histórico no gerenciamento de equipes, ser criativo na solução de problemas e paixão pela inovação.

A pessoa que for contratada terá que ser capaz de buscar e avaliar projetos com potencial, supervisionando seu desenvolvimento para que ele possa ser produzido pelo Amazon. Também faz parte da função do diretor de conteúdo supervisionar a produção de pilotos e séries para que eles não ultrapassem o orçamento, mantendo a qualidade.

Em 2012, o Amazon tinha destinado 2.7 milhões de dólares para a produção de pilotos/séries cômicas e infantis. Até o momento, o estúdio não divulgou qual será o orçamento inicial para a produção das séries dramáticas, mas deverá ser maior.

O investimento na produção de séries dramáticas coloca o Amazon em concorrência direta com o Netflix, que já tem três dramas originais em seu catálogo: House of Cards (com potencial para entrar no circuito de premiações), Orange is the New Black (que estreia no dia 11 de julho) eHemlock Grove (que não conseguiu se estabelecer no quesito qualidade, mas já foi renovada). O Netflix também ofereceu uma nova temporada de Arrested Development, que ainda não tem previsão de continuar a ser produzida, tendo em vista a dificuldade de reunir os atores. Lembrando que Lilyhammer é uma série de um canal da Noruega, adquirida pelo site para exibição internacional. A boa receptividade conquistada por ela levou o Netflix a entrar como coprodutor da segunda temporada.

Qual seria a razão pela qual sites de streaming como o Amazon, Netflix, Crackle e Hulu, entre outros, investem cada vez mais na produção original? Neste primeiro momento, ela serve para oferecer aos assinantes programas que eles não encontrariam em nenhum outro lugar. Bom, em termos, já que as séries do Netflix são produzidas por estúdios terceirizados que lançam o produto em DVD.

Em entrevistas, representantes desses sites deixaram claro acreditar que, no futuro, o DVD e Blu-Ray serão extintos. Para eles, o público estará mais interessado na praticidade de acesso ao conteúdo e em liberar o espaço que as mídias ocupam na casa. Os sites de streamings poderiam se tornar a videoteca ‘particular’, substituindo inclusive os canais a cabo.

No caso de isso acontecer de fato, os canais e estúdios poderiam investir (mais) no streaming de sua programação. O que significaria que seus programas seriam retirados dos catálogos de terceiros. A HBO já faz isso. Seus programas estão disponíveis unicamente para quem assina a HBO Go. O mesmo acontece com os programas da Rede Globo, no Brasil. Se a Paramount, Universal, Sony, Fox, Warner e demais estúdios começarem a oferecer streamings com exclusividade em sites próprios ou de canais específicos de TV, empresas como o Amazon, Netflix, Hulu e Crackle ficariam sem o conteúdo dos grandes estúdios para oferecer.

Devemos lembrar que o Netflix só começou a investir na produção original depois que o canal Starz decidiu não renovar seu contrato com o site no início de 2011. Na época, o canal justificou sua decisão como uma estratégia para proteger o valor de mercado de seu conteúdo (que ficou restrito aos assinantes de TV a cabo e usuários de DVD, bem como à venda internacional). A decisão do Netflix influenciou o Hulu, que estreou sua primeira série, Battleground, antes do Netflix começar a exibir House of Cards.

No caso da produção original dos sites avançar, tornando-se maior ou equivalente ao conteúdo de terceiros, eles poderão se tornar tão importantes quanto os estúdios e canais de hoje.

Para nós, que nos beneficiamos desses investimentos, resta torcer por duas coisas. A primeira, e a mais importante, que eles invistam em gêneros e abordagens diversificadas de séries e filmes, não restringindo sua produção a programas que atraem um público maior (ignorando os demais segmentos). A segunda, que as barreiras internacionais caiam e o acesso ao streaming de sites independentes, estúdios e canais sejam legalmente acessíveis (com opção de legendas) a qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo com conexão com a internet.

Fonte: Fernanda Furquim para Veja

terça-feira, 23 de julho de 2013

A série de internet ‘House Of Cards’ faz história ao ser indicada ao Emmy



House of Cards, da Netflix, fez história. Acaba de ser indicada a nove prêmios Emmy, incluindo as categorias série dramática e melhor ator (Kevin Spacey). É a primeira vez que isso acontece com um seriado transmitido pela Internet — e um sinal claro da revolução que acontece na indústria do entretenimento. O futuro já chegou e ele não é mais como era antigamente.

A Netflix não fica em Los Angeles ou Nova York, onde estão os estúdios de TV, mas no Silicon Valley. Ainda arrematou mais três indicações para a comédia Arrested Development. “Certamente marca o começo de uma nova era”, diz Tim Brooks, um historiador e ex-executivo de TV.

A Netflix mirou numa audência que queria assistir seu programa preferido a qualquer hora, em qualquer lugar e do jeito que quisesse, pela net. Os 13 episódios foram postos no ar simultaneamente, rompendo com o modelo que o CEO da empresa chamou de “administração da ansiedade” das TVs a cabo ou abertas.

House of Cards é um retrato cruel e fiel da política e, mais amplamente, das relações humanas. Adaptada de um seriado da BBC e inspirada em duas tragédias de Shakespeare (Ricardo III e McBeth), tem Spacey no papel de Frank Underwood, um mercenário do Partido Democrata. Claire (Robin Wright) é sua senhora. Frank foi fundamental na eleição do presidente. Esperava ser recompensado com o cargo de secretário de defesa. Ao ser preterido, jura vingança eterna – e passa o tempo manipulando, mentindo e montando dossiês para detonar o governo.

Frank se envolve com uma jovem jornalista chamada Zoe Barnes (Kate Mara), a quem alimenta com denúncias. Ela publica em seu blog. Estoura. Seu chefe velha guarda, que odeia a internet e vive em negação de que o jornal que dirige está indo para o buraco, a demite. Ela vai para um site inspirado no Huffington Post. O único personagem que inspira alguma compaixão é um deputado com um passado de drogas, bebidas e prostituição. Ele trai sua base, que são os trabalhadores de um píer, e tenta se redimir. Naufraga esplendidamente.

Todo o elenco é incrível, mas Spacey está arrasador. Os momentos em que ele encara a câmera e faz comentários são engraçados, trágicos e sugerem uma intimidade com o espectador que, eventualmente, você preferiria não ter. “Não há descanso ou paz no céu ou no inferno. Apenas nós mesmos. Pequenos. Solitários. Esforçados. Lutando uns contra os outros. Eu rezo para mim mesmo – por mim mesmo”, diz Frank para a câmera.

Spacey, que também é produtor executivo da série, chegou a apresentá-la para grandes estúdios de televisão, que exigiram um piloto, sem muita fé no projeto. “As empresas de Internet estão indo muito bem produzindo conteúdo próprio. Estivemos em várias TVs. A Netflix foi a única a nos olhar nos olhos e acreditar em House of Cards de cara”, diz.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Guilherme Colina, ator de Nascido Morto, ganha prêmio de melhor Ator Coadjuvante!



O jovem ator de 27 anos Guilherme Colina, após estrear como diretor de teatro concorreu a cinco Prêmios Usiminas/Sinparc em sua primeira empreitada. O artista que se autodirigiu em Navalha na Carne concorreu aos prêmios nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (como Veludo), Melhor Espetáculo e Melhor Diretor de “Navalha na Carne” texto escrito pelo autor santista Plínio Marcos e que surpreendeu pela montagem “nua e crua” de Colina, além dos seus atores concorreram a Melhor atriz (Clébia Vargas como Neusa Sueli) e melhor ator (Alex Valle como Vado).

Na noite do dia 17 de julho, quarta-feira, Guilherme Colina foi premiado como “Melhor Ator Coadjuvante” de Belo Horizonte. Com uma torcida fervorosa, muitas pessoas clamavam e aplaudiam para que Colina ganhasse o prêmio. Foi uma noite de muitas emoções e reconhecimento de todo o esforço e talento desse jovem ator.



O diretor que estreou no teatro como Romeu no Clássico inglês “Romeu e Julieta” vem se destacando no cenário nacional por atuar em clássicos da dramaturgia mundial interpretando papéis difíceis como Jasão  em “Medéia” de Eurípedes, Lucas de “A Lira dos Vinte Anos” além de contemporâneos como o personagem Gabriel Garcia Marques em “Delírio em Terra Quente”, montagem escrita e dirigida pelo Grupo Espanca!

Para quem acompanha o trabalho de Colina, o ator estreia no próximo semestre em duas webséries: “Nascido Morto” de Alex Moletta com direção de Guto Aeraphe e “ Loja do cotidiano” de Marco Antônio Pereira, e ainda para quem curtiu seu trabalho de direção, em agosto vem aí “Amor de Salto Alto” uma comédia romântica sobre a “ditadura da beleza” com a veterana Verônica Tannure e o estreante Bernard Bravo.



quarta-feira, 19 de junho de 2013

Brasil ainda é "bebê" na indústria de cinema, diz Dove Simens

"Adoro fazer filmes que tragam lucros", diz Dove Simens, produtor executivo que vem ao Brasil para ministrar em São Paulo o curso Hollywood 2 – Day Film School, trazendo modelos do cinema americano para o público brasileiro. “Vocês têm talentos, profissionais, um governo com programas maravilhosos de financiamento, mas não sabem contar histórias, precisam experimentar, ainda são bebês nesta indústria”, destaca.

Simens alerta que o seu curso não é para ensinar criatividade ou talento, nem para discutir financiamento público, mas para ensinar alguns caminhos para que os produtores comecem a trabalhar de forma realmente independente e fazer seus filmes com baixos orçamentos, mas que tragam lucro. Ele acredita que o primeiro filme deve ser financiado pelo produtor e por alguns investidores, para que depois ele consiga recursos do governo, coproduções e product placement. “Pode ser um filme com 90 páginas de roteiro, uma única locação, bons atores, boa equipe, uma boa história”, explica. “Os realizadores estão presos em alguns modelos, eu só dou um empurrãozinho”. Outro conselho de Simens é parar de fazer curtas. “É coisa para se fazer dos 12 aos 20 anos, colocar no YouTube e testar seus trabalhos. Se quer ter lucratividade tem que fazer longa-metragem”.

Para o instrutor, as oportunidades que os realizadores brasileiros terão com a televisão, com a Lei do SeAC, é importante para fazê-los testar suas habilidades e fazer seus nomes. “São duas indústrias totalmente diferentes, vocês são bons em televisão, são os reis das novelas. Quem sabe fazer televisão, que é muito mais complexo, tira de letra a indústria do cinema”, observa.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Spilberg, Dona Xepa e o novo paradigma de produção



Em recente matéria no "The Hollywood Reporter" Steven Spilberg afirma que a "indústria do cinema vai sofrer uma implosão" e George Lucas completa "O caminho para o cinema está ficando cada vez mais apertado e difícil...". Estas afirmações, vindas dos mais bem sucedidos profissionais da industria cinematográfica, por si só já são de colocar qualquer um que trabalhe na área de cabelo em pé!  Ainda mais quando comparamos estas informações com o mercado nacional de produção cinematográfica.


Por falar em Brasil, recentes acontecimentos no mercado audiovisual tupiniquim, e aqui vou me ater somente ao televisivo, acenderam a luz vermelha em toda a classe. A demissão em massa no RecNove (centro de produção de dramaturgia da Record) e o mico do ator (?) Maurício Mattar em um programa vespertino da emissora dos bispos trazem um novo paradigma para as produções nacionais. Será que o atual modelo de produção também está sofrendo uma implosão?



Acredito que sim! As super estruturas, os mega salários e um vale tudo pela audiência estão pesando tanto nas emissoras que seus pilares não estão suportando mais. São programas caros e efêmeros que não geram engajamento com a audiência. A TV está mais descartável. Inclusive a TV a cabo que vive de eternas reprises com lampejos de originalidade. E sem falar que o espectador não é mais aquele de anos atrás. Com o advento dos novos dispositivos (principalmente aqueles de origem desconhecida) que inundam as lojas juntamente com a facilidade de acesso a internet estão transformando de vez a forma de ver TV, 

Há ainda um outro fator que deve ser levando em consideração que chamo de "estagnação criativa" e atinge como uma epidemia os autores (deuses) novelescos... Como não lembrar de Salve Jorge? Tema fraco, personagens sofríveis e conflitos tão superficiais que beiravam a vergonha alheia... Por falar nisso, Coitado do Marcelo Adnet com seu Dentista Mascarado!

Não vejo outra solução para a TV senão observar que há sim vida inteligente fora dela e com competência para superá-la. As webséries estão ai para provar isso! Que o diga o NetFlix que estreiou várias séries exclusivas para os assinantes de seu serviço de videos pela internet com enorme sucesso!

E não precisam ser super produções de milhões de dólares. Basta ter uma equipe competente e enxuta, um bom roteiro e muita disposição para se dar bem neste universo e entrar pela porta da frente. Ou melhor, pela porta dos fundos. Porchat e sua turma, apesar de escorregarem em um ou outro episódio abusando um pouco do bom senso,  conseguem proporcionalmente uma audiência superior (e mais engajada) do que o Zorra Total, hoje o principal humorístico da maior emissora do país.

Faça o teste amanhã. Pergunte em seu trabalho, faculdade ou academia quem viu Dona Xepa. E depois pergunte quem viu o Porta dos Fundos. Entenderam o recado? Então mão a obra amigos!

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Nova websérie chegando...


Em cena Marco Fugga (sentado) e Guilherme Colina.


Primeiro dia de ensaios para a gravação do piloto da nova websérie do diretor Guto Aeraphe. Com o título "Nascido Morto" e roteiro assinado por Alex Moletta, a estória conta a trajetória de Renato, um homem que tem uma estranha característica. Ele não sente dor e por isso não tem sentimentos. Mas depois da morte de sua mãe, uma policial que investigava uma organização criminosa, ele decide usar este estranho dom para buscar vingança e quem sabe um pouco de humanidade para si.

E para não perder tempo, o diretor Guto Aeraphe aproveitou para fazer alguns testes de fotografia e colorização. As gravações que tem a produção realizada pela Cinemarketing Filmes vão contar com os equipamentos (grua, slider e estabilizador) da Dimtec (www.dimtec.com.br).



O Slider Dimtec em ação!

Como era uma agência de publicidade nos anos 80

Se passaram mais de 25 anos entre este pequeno documentário vintage e os dias de hoje. Em um vídeo de pouco mais de sete minutos, se apresenta a estrutura da agência Convence Comunicação, a primeira do Piauí, no 1987.

Muitas coisas mudaram – o computador, por exemplo, que era apenas uma auxiliar pras tarefas, hoje é presença essencial em qualquer agência. Mas é possível observar que outras coisas se mantiveram bem parecidas, com a organização dos departamentos.

Assista o vídeo e se divirta também:


domingo, 2 de junho de 2013

Afinal de contas... Quem é este webespectador?

Despois de alguns meses com o projeto do Portal Webseriados.com no ar resolvi realizar uma pesquisa para saber como estava a receptividade das webséries Heróis e Apocalipze e principalmente conhecer mais sobre os hábitos e costumes de quem as consumia. E graças a internet para isso não precisamos contratar uma empresa especializada no assunto! Há na internet diversas ferramentas capazes de nos auxiliar neste processo de forma simples e gratuita. Talvez o mais popular seja o Google Docs. Nele é possível conceber facilmente diversos tipos de formulários cujas respostas já são automaticamente compiladas em forma de gráficos e tabelas. Para aqueles que são iniciantes neste processo de pesquisa. É importante ressaltar duas coisas. A primeira é que não adianta realizar a pesquisa com poucas pessoas. Para se ter uma boa base de dados que representem vários segmentos da nossa sociedade é preciso que haja uma amostragem mínima de 100 pessoas. Menos que isso é provável que você obtenha resultados que não condizem com a realidade. Outra coisa importante que precisa ser lembrada é que não adianta sair perguntando para os amigos ou familiares. Pessoas próximas tendem a nos agradar! Para que você obtenha melhores resultados, utilize seu próprio website para hospedar os formulários (o Google Docs gera um código HTML para isso) e depois divulgue o link em grupos com temáticas afins no Facebook e em outras redes sociais como o Twitter ou qualquer outra que você julgar melhor.  Agora é só esperar pela participação dos usuários. Uma dica. As pessoas recebem milhares de mensagens diariamente pelas redes sociais e elas podem facilmente ignorar a sua. Para ajudar neste aspecto, coloque um texto curto e direto, convidando a pessoa a tornar-se parte de uma pesquisa que irá transformar algo. Se você estiver publicando em um grupo de discussão que tenha afinidade com o tema proposto, rapidamente você atingirá sua meta. E não se esqueça de depois disso, publicar uma mensagem de agradecimento em todos os locais onde você postou o pedido de participação da pesquisa.

Nesta pesquisa eu utilizei um universo de 100 pessoas que responderam um questionário de 23 perguntas as quais tinha interesse em saber. A princípio os questionamentos eram sobre “quem é” este webespectador  e continha perguntas como sexo, idade, região onde morava, etc. O resultado mostrou que a maioria era masculina com idades entre 26 e 30 anos e concentrados na região sudeste do país. Diversos pontos podem ser colocados aqui para justificarem estes dados. O primeiro deles é que as webséries já tinham como público alvo a faixa masculina da população e o resultado de 75% de homens confirmou isso. A concentração da maioria na região sudeste também é justificável já que lá há, além de uma grande concentração populacional, o maior número de pontos de acesso do país. Na pesquisa a região foi seguida pelas Sul e Nordeste. O interessante aqui é notar que no gráfico de idade, há um grande número de pessoas com mais de 40 anos no acesso a internet, sendo um total de 18%. Mais da metade dos 26% que estão na faixa dos 26 a 30 anos. Juntos eles fazem parte da parcela da população economicamente ativa mais importante. O que faz a diferença no momento em que você vai ligar com seus anunciantes.


Tabela 1 - Faixa etária Portal Webseriados

Estes números também mostram outro erro muito comum quando se pensa em público alvo ou mercado consumidor de internet. Hoje a maioria dos “especialistas” em internet que são contratados pelas empresas para monitorar as redes são jovens na casa dos 20 anos e para eles pessoas com 40 anos já são consideradas velhas... e por isso muitas vezes incapazes de se relacionarem com qualquer tecnologia. Mas o que eles se esquecem é que a internet chegou ao Brasil em meados dos anos 90 e muitos destes “tios” eram na época jovens tão loucos pelas novidades tecnológicas do quanto os de hoje. Estas pessoas viram a internet nascer e participaram do seu crescimento. Por isso é uma parcela importante da população e deve ser levada em consideração no momento de qualquer planejamento.

Depois foram feitas perguntas relacionadas ao comportamento do webespectador. Quando questionados sobre a frequência com que assistiam vídeos pela internet, 80% responderam que sempre assistem vídeos todas as vezes que têm oportunidade de acesso à rede e deste total, 67% assistem vídeos com 8 minutos ou mais (nos próximos capítulos vamos falar mais sobre esta questão do tempo assistido), sendo que um pouco mais do que a metade gosta de ver online e o restante baixa para ver mais tarde. Outro bom dado é que 85% dos entrevistados conhecem o formato “websérie”.

Os gêneros série, música e filme são dominantes dentre aqueles que assistem vídeos na internet, sendo o humore o suspense os temas preferidos. Todos pela ordem. Um dado interessante foi de que gêneros de programas tradicionalmente dominantes na televisão, principalmente brasileira, como o jornalismo e os de entretenimento tão comuns em nossas tardes de domingo e que tradicionalmente recebem os maiores investimentos tanto publicitários quanto das próprias emissoras, tiveram a pior colocação entre os pesquisados. Perdendo inclusive para os chamados “vídeos caseiros” ou “amadores”.


Tabela 2 - Gêneros que mais gosta

Sobre este último ponto observado, é interessante notar que há uma grande mudança nos hábitos das pessoas. Quando o Youtube nasceu, em 2005, ele destacava em sua logo o seguinte slogan: “Broadcast Yourself” que numa tradução livre poderia ser “transmita-se” ou “transmita a si mesmo” indicando claramente que a ideia era criar um portal onde as pessoas pudessem colocar seus próprios vídeos, seja lá os que eles representassem.



Logo do Youtube com destaque para o slogan "Broadcast Yourself"


Na época havia poucos métodos simples disponíveis a usuários normais de computadores que queriam colocar seus vídeos na Internet. Com sua interface de fácil uso, YouTube tornou possível a qualquer um que usa computador a postar na Internet um vídeo que milhões de pessoas poderiam ver em poucos minutos. A grande variedade de tópicos cobertos pelo YouTube tornou o compartilhamento de vídeo uma das mais importantes partes da cultura da Internet. No entanto, depois de apenas alguns anos esta curva de crescimento deste tipo de vídeo mudou drasticamente. Muito em função de diversas tecnologias de produção e da própria melhoria da qualidade de transmissão. Sem contar que conteúdos amadores não geram rentabilidade através de publicidade. Talvez em um primeiro momento, mas depois...

Mas voltado ao assunto, ainda sobre o comportamento dos webespectadores, três dados me surpreenderam em seus resultados. O primeiro deles foi sobre qual dispositivo o usuário mais utilizava para assistir aos vídeos da internet. Apesar de os números internacionais mostrarem um forte crescimento do uso de dispositivos móveis como tablets e smartphone, ele se mostrou ainda tímido no Brasil. Os mais utilizados ainda são os notebooks e desktops. A boa notícia é que os smartphones estão à frente das TVs conectadas, mostrando que apesar de tímidos, os webespectadores estão cada vez mais se acostumando a assistir conteúdos nas telas pequenas. Mas este tímido desempenho se dá por vários motivos alheios ao nosso objeto de estudo como, por exemplo, o caso da criminalidade. Afinal, quem se sente seguro hoje para retirar do bolso ou mochila seu smartphone ou tablet dentro do metrô no caminho para o trabalho ou simplesmente sentado esperando o ônibus passar pelo ponto?

Outros dois aspectos são o de “onde” e “quando” os webespectadores consomem os vídeos. 52% por cento das pessoas assistem os vídeos à noite e 66% em casa contra 21% que assistem durante o horário de trabalho. Estes são dados que colocam qualquer executivo de televisão de cabelo em pé!


Tabela 3 - Onde assiste vídeos pela internet



Tabela 4 - Quando assiste videos na internet


Um caso interessante que podemos citar aqui e que traduz bem como serão os rumos tomados pela indústria criativa a partir deste novo modelo de consumidor, foi o que aconteceu com a série “Veronica Mars” que foi cancelada pela Warner pela baixa audiência. Até aí tudo bem, nada de mais... O que ninguém esperava é que havia na internet milhares de fãs que não se conformaram com o cancelamento imposto pela gigante do entretenimento e se mobilizaram em torno de um projeto através do site de crowdfunding Kickstarter. Dessa forma, eles conseguiram contabilizar em menos de 12 horas mais de 1 milhão de dólares e que em poucos dias transformou-se em mais de 3,5 milhões, com o único intuito de realizar um filme sobre a série. Claro que não dá para ser tão cético e acreditar que os estúdios Warner não tenham nada com isso. Mas a verdade é que temos que analisar sob o ponto de vista que apesar da série não ir bem na TV, na internet ela está mais forte do que nunca!

O fato é que eles não tinham perdido a audiência. Ela apenas tinha migrado da tv para a internet. E não vamos discutir aqui o fato desta migração também ter ligação com o processo de pirataria, porque isso daria outro livro... Mas cabe aqui uma grande reflexão... Como fechar esta conta? Quero dizer, o que realmente define se uma série está indo bem ou não com a sua audiência?

Mais do que o dinheiro envolvido, a campanha no Kickstarter provou não só para a Warner, mas para qualquer grande estúdio que mesmo cancelada por baixos números de audiência na TV, uma série ainda desperta interesse e tem apelo junto ao público da internet. É o que chamo de efeito migratório das novas mídias.

Outra questão interessante é: será que nós, pequenos produtores que não contamos com um grande estúdio por trás e que raramente têm no elenco um nome de peso, o publico terá coragem de investir como aconteceu com Veronica Mars? Infelizmente não acredito que isso aconteça. É normal que seja assim. Afinal, nenhum de nós gosta de colocar em risco um real que seja do nosso dinheiro em algo que não conheçamos bem. O que vemos na realidade é que grandes quantias vão para projetos já conhecidos e que projetos menores contam somente com a contribuição de amigos e parentes e dificilmente algum mecenas aparece e ajuda com uma boa quantia. Ninguém mais do que eu acredita no potencial da internet e não estou aqui desqualificando os sites de crowdfunding. Muito pelo contrário! Estou apenas tendo um lampejo de realidade e analisando uma possibilidade de financiamento que pode ser real. O crowdfunding é ideal para pequenas quantias.

Agora vem a má notícia... Fazer webséries de qualidade não é barato e a dificuldade para conseguir recursos é enorme. Por isso nessa mesma pesquisa foi perguntado sobre como deveria ser a publicidade nos sites que veiculam este tipo de conteúdo. Perguntamos se “Você clica em algum anúncio em uma página de vídeos como os veiculados no Youtube?”. A resposta foi de que 60% nunca clicou e 38% disse que raramente clica. Quando perguntados sobre “Qual o melhor formato de propaganda em uma página de vídeos?”, a maioria respondeu “sem propaganda”. Sobre “Qual a melhor forma de inserção de vídeos de propaganda em um episódio?”, novamente a maioria foi taxativa: sem propagandas. Por fim, perguntamos “Quanto você pagaria por um episódio de websérie?” e 50% respondeu: não pagaria!

Então chegamos a um entrave: como conseguir verbas para a realização de nossas séries já que o público não quer pagar pelo conteúdo e também não gosta de ser interrompido pela publicidade tradicional? Será que devemos ficar 100% dependentes de Leis de Incentivo?

Calma. Antes de desistir de tudo, e tentar buscar outra profissão, quero apresentar uma alternativa! Durante muitos tempo o espaço para a divulgação em qualquer veículo era uma “pausa” na programação onde eram inseridas as mensagem dos patrocinadores. No digital, a ideia muda bastante. Não se interrompe nada e o conteúdo tem que ganhar relevância social para se manter em evidência. É aqui que apresento o conceito de Brand Content, ou Conteúdo de Marca.
Não é um conceito novo, mas ganhou força com o advento das tecnologias digitais e pode ser o melhor caminho para trazer recursos para as webséries. Vejamos como funciona!



Em termo simples o Brand Content nada mais é do que transformar o produto, serviço ou marca em entretenimento. Combinando o conteúdo dos formatos com os objetivos das marcas, o brand content cria e estimula laços entre as empresas e os consumidores, ativando a comunicação através do entretenimento. É uma forma de acabar com a divisão entre o comercial e o entretenimento.


Diferente das já tradicionais ações de merchandising que interrompem a ação dramática, ou seja, interrompem o entretenimento, para nos passar uma mensagem publicitária sobre determinado produto ou marca que não tem relação nenhuma com a história. Este tipo de publicidade está cada vez mais em desuso justamente por isso.