sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Publicidade Popular Brasileria

Em todos estes anos de profissão ligados diretamente a publicidade, nada mais me fascina do que a impagável "PPB". Nunca ouviu falar nisso? Eu explico... PPB quer dizer "Publicidade Popular Brasileira".

Ela está em todo lugar, não depende de agência nem veículo, não se prende a pesquisas de mercado ou números do IBOPE. Ela está lá, única! É só olhar nos mercados do centro, nas lojas da rodoviária, açougues, enfim... em qualquer lugar há uma imensidão de fontes, formas e cores que dão um show de criatividade em qualquer diretor de arte ou designer gráfico com anos de estudo. E assim a "PPB' mostra a sua cara.

Mas porque estou falando disso? É que no último final de semana me deparei com um exemplo máximo da "PPB". Estava eu a caminho do balnerário de Furnas para acampar e descansar um pouco quando na beira da estrada me deparei com esta placa.


Não aguentei! parei o carro, dei a volta para registrar este momento! Tudo bem... confesso que voltei para tentar entender o que realmetne estava escrito. O detalhe interessante é que a palavra "eucalipto" foi prontamente corrigida, deixando todo o resto como verdade absoluta e incontestável! Só uma coisa ainda não havia entendido. O telefone, ou melhor o "TL" era 9908-6265 ou 9066-9825.

Ainda triste, mas conformado com a minha grande dúvida e sem sinal de telefone para poder ligar e testar os números (como esse cara recebe chamadas?), resolvi ir embora e continuar a viagem. Mas para minha surpresa, dei de cara com outra placa do outro lado que esclareceu qualquer dúvida.



Com certeza esta placa não é um exemplo de bom trato da língua portuguesa, mas é um exemplo fantástico de que a "PPB" está cada vez mais forte! Agora, quando precisar de mudas de eucalipto, já sei onde procurar. Até mais!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Proposta de direção... Assim começa o trabalho!

Como prometi, vou expor aqui minhas idéias sobre o processo de direção do filme Bornata e Sua Boneca de Papel

Esteticamente o filme tem dois momentos bem disitintos. O primeiro, que se passa na época atual, tem uma proposta de câmera mais solta e uma trilha sonora com ruídos próprios de uma cidade grande. Dentro do apartamento, onde se passa essa primeira parte do filme, a fotografia tem as cores pálidas e luzes mais pontuais e azuladas na sala e mais quentes e aconchegantes no quarto das crianças.

O segundo momento, que se passa no interior de Minas na década de cinquenta, tem uma fotografia onde o branco e o amarelo predominam, fazendo com que a imagem seja naturalmente entendida como um “sépia”, sem o uso abusivo de colorização na pós-produção. Os planos são mais contemplativos, abusando dos efeitos dramáticos produzidos pela grua e pelo steadicam, dando a impressão de que a câmera flutua entre um enquadramento e outro.

Nesta parte, onde de acordo com o roteiro há duas intervenções marcantes da trilha sonora e a ausência dos diálogos, usaremos em essência closes em câmera lenta com o cuidado de não deixar que o ritmo reduzido das imagens atrapalhe o ritmo do filme como um todo. Usaremos apenas quando for necessário valorizar a melodia e a letra da música.

Toda a concepção da direção de arte será baseada na simplicidade. No primeiro momento do filme, quando se passa na atualidade, o cenário é um pequeno apartamento que será construído em estúdio, com poucos móveis e objetos com decoração não definida, característica de uma família de classe média baixa. Já a segunda parte, que se passa em uma fazendo do interiror do estado, as cenas serão gravadas em locação, mesmo as internas, para que se possa passar toda a beleza e simplicidade da arquitetura interiorana mineira do início século XIX.

No que diz respeito as personagens, fiz a opção de não utilizar a linguagem falada característica do interior de Minas para que não se tornasse caricato e assim atrapalhar o entendimento da mensagem principal do filme. Desta dorma busquei um texto coloquial e que buscasse a universalidade da mensagem sem caracterizá-la nesta ou naquela região e que facilitasse o entendimento das crianças.

Outra parte importante com relação as personagens e a estrutura dramática do filme é que no começo não ficará claro que Maria, persongem que é a mãe de Bornata e avó de Camila e Vinícius seja a mesma pessoa que está contando a história. Esta revelação se dará apenas no final, quando vemos que a boneca de pano que é confeccionada no fim da história está no quarto das crianças já suja e desbotada pelo tempo, e é acariciada pela avó sob o olhar terno de Conceição. Então ficamos sabendo também que Conceição e Bornata são a mesma pessoa.

Já a mensagem no final da história, é uma pequena homenagem às tantas fábulas que ouvimos quando crianças e que sempre terminavam, além do clássico “e foram felizes para sempre” com a “moral da história”. Só que aqui, voltada não só para as crianças, mas também e principalmetne para os adultos.

Meu primeiro filme infantil. Novo Trabalho, novo desafio



Em busca de suprir uma enorme lacuna social até então existente na cidade de Pará de Minas, Minas Gerais, a escritora Conceição Cruz produziu o livro “Bornata e sua Boneca da Papel” com o intuito de arrecadar fundos para o projeto “Abrigo Casa do Caminho” que cuida de crianças em situação de risco social.

Baseada na sua própria infância e nas histórias que ouviu de sua mãe e sua avó sobre o antigo “Arraial do Patafufo”, atual Pará de Minas, Conceição Cruz concebeu este livro com a temática de resgatar as tradições das brincadeiras onde o convívio social e o espaço do imaginário infantil fossem a prioridade, estimulando a interação entre o indivíduo e o meio em que vive. Também trata com a devida atenção a questão da aceitação das perdas e das mudanças que elas acarretam, além a necessidade de buscar reestabelecer as relações de respeito e afeto entre pais e filhos.

Seu talento (a autora também já publicou outros 5 títulos, sendo dois infanto-juvenis e três para o público adulto) e principalmente sua experiência junto ao Juizado da Infância e Juventude da Comarca de Para de Minas, onde pode presenciar crianças expostas a todo tipo de situações de risco sem nunhum tipo proteção e amparo, foram fundamentais para o desenvolvimento da estrutura dramática e das personagens do livro.

Estrutura essa mantida no roteiro adaptado por mim e acrescido de toda a plasticidade imagética e sonora que é peculiar de uma obra audiovisual. Desta forma, somando a necessidade de atingir um público ainda maior e diferenciado através de uma nova linguagem, o filme vem com a mesma intenção de resgatar os valores do convívio social e ainda continuar o apoio, a divulgação e ampliação do serviço prestado pelo projeto social “Casa do caminho”. Amanhã colocarei como será conduzida a direção do filme

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Documentário sobre Chico Xavier





No final de 2009, fui convidado pelo publicitário Gustavo Bicalho da Agência Faro e o ex-Deputado Federal Dr. Francisco para conhecer a cidade de Pedro Leopoldo, bem próximo de Belo Horizonte. O motivo da visita foi para conhecer uma parte da história recente da cidade, escrita pelo seu filho mais ilustre: Chico Xavier.

Foi um dia intenso, corrido. Conhecemos rapidamente vários lugares. A casa onde Chico nasceu e passou a infância, o seu local de trabalho, o porão onde ele psicografou seus primeiros livros... enfim muitos lugares.

O motivo da visita foi a possibilidade da produção de um documentário que contasse a história e os feitos deste grande homem nos seus primeiros 50 anos de vida, antes de partir para Uberada. O desafio foi aceito. Agora é só colocar a mão na massa e trabalhar muito! Serão 3 meses de muito trabalho...