segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Robertson e a vergonha do Brasil!

Não sei quanto a vocês mas para mim mudanças são sempre uma oportunidade de se redescobrir. Depois de muitas e muitas mudanças, na última semana finalmente fixei morada na minha primeira casa própria! 

Antigamente eu simplesmente jogava tudo que havia nas gavetas e colocava em caixas que às vezes nem eram abertas depois das mudanças. E nesse meio tempo muita coisa foi ficando esquecida e até mesmo perdida!

E como agora é diferente, já que estou na minha casa própria e não pretendo mudar tão cedo, resolvi que era hora de guardar tudo no seu devido lugar. E na arrumação das caixas acabei encontrando vários trabalhos que nem me lembrava que tinha feito. São textos de teatro, roteiros, poesias e muito mais! 

Mas uma coisa me chamou a atenção. Entre um texto e outro dei de cara como Robertson! Foi uma viagem no tempo... Robertson era um personagem de tirinhas com traços simples mas com uma mensagem forte. O título era "Robertson e as vergonhas do Brasil". Criei este personagem entre uma aula e outra do curso de comunicação no UNI-BH, na época ainda FAFI-BH. 

Mas ele sempre tinha ficado restrito aos cantos das páginas das minhas apostilas. Me lembro que a inspiração foi de um professor que muito me influenciou na época, apesar do seu jeito meio "durão" de ser que nada tinha com os alunos "doidões" do curso de comunicação que ele dava aula.

Acabei criando este personagem em homenagem a ele e que agora apresento a vocês. Até a próxima!



Abismo entre investimento público e número de espectadores marca cinema do país em 2012

Fonte: Caderno Ilustrada - Folha de São Paulo


Os cofres públicos do Brasil devem financiar filmes comerciais, que faturam alto na bilheteria, ou obras mais autorais, que sofrem para conseguir verba de produção e espaço em salas de cinema. Levantamento feito pela Folha a partir dos dados divulgados pela Ancine (Agência Nacional do Cinema) sobre o mercado de cinema em 2012 demonstra o abismo existente entre a verba pública investida em um filme e seu número de espectadores.

 O documentário "Expedicionários", de Otavio Cury, recebeu R$ 341 mil dos cofres públicos e foi visto por 104 pessoas nas salas de cinema. Ou seja, o filme obteve R$ 546 em bilheteria -e a verba pública investida corresponde a R$ 3.286 por espectador. "As pessoas gostam dos filmes. Mas quase não há espaço para exibi-los. Não deixo de brigar para que eles sejam vistos também no circuito alternativo, que não entra nos dados da Ancine", diz Cury, também diretor de "Constantino", outro dos dez filmes nacionais menos vistos em 2012.

Por outro lado, "Até que a Sorte nos Separe", campeão nacional de bilheteria, recebeu ao menos R$ 2,7 milhões dos cofres públicos e foi visto por 3,3 milhões de pessoas (R$ 0,82 por espectador). Fabiano Gullane, um dos produtores do longa que arrecadou R$ 33,8 milhões, diz que o sucesso de público gerou "muito mais" dinheiro em impostos do que os recursos públicos investidos.







"É um bolo dividido em muitas rendas, que são reinvestidas em outras produções. O problema do cinema nacional é o número reduzido de salas, o que dificulta o encontro com o público." Hoje há 2.515 salas de cinema no país, segundo dados da Ancine --em 1975, eram quase 3.300 salas. Parte dos cineastas brasileiros reclama de preconceito por parte de distribuidores e exibidores. "Quando há potencial, o exibidor dá espaço e o filme fica em cartaz", rebate Paulo Lui, presidente da Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas.

Mas até filmes com um tom mais comercial naufragaram em 2012. A comédia "A Novela das 8", por exemplo, captou R$ 3 milhões em dinheiro público e foi assistida nos cinemas por 5.147 pessoas (R$ 582 por espectador). "Vários fatores contribuíram para números tão pequenos. Poucas cópias, nenhum marketing e a estreia próxima a dois blockbusters", justifica o diretor Odilon Rocha. Bruno Wainer, que dirige a distribuidora e produtora Downtown, responsável por seis das dez maiores bilheterias nacionais de 2012, critica os filmes que não são vistos nos cinemas nem vão a festivais. "Há cineastas que dirigem dois ou três filmes que não fazem sucesso e que não são relevantes, mas eles continuam a receber dinheiro [público] para produzir", diz Wainer. De 2011 para 2012, houve queda no número de títulos (de 99 para 83) e de público (17,8 milhões para 15,5 milhões) nos filmes nacionais.

Com o sucesso das comédias, a participação nacional na bilheteria passou de 5,8%, no primeiro trimestre, para 22,7%, no último trimestre. Para 2013, as principais apostas são "O Tempo e o Vento", de Jayme Monjardim, e uma sequência de "Até que a Sorte nos Separe".

Os desafios do design interativo


O documentário “Connecting”, criado pela Bassett & Partners em parceria com a Microsoft, mostra como o cotidiano das pessoas está se transformando ao longo dos últimos anos com o avanço das novas tecnologias. O filme, que tem duração de 18 minutos, é um mergulho no universo do design interativo e conta com entrevistas de especialistas de grandes companhias do setor, como Microsoft, Nokia Twitter Arduino, Frog eEstame. Além disso, o vídeo traz a discussão sobre a falta de interação social das pessoas diante do avanço tecnológico. 


Confira abaixo o documentário e oito previsões sobre o futuro que resumem os próximos passos da indústria do design interativo.


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Tendências 2013

A agência americana JWT Intelligence divulgou um video contendo as principais tendências para o ano de 2013. Vejam o video:



Ainda na matéria publicada sobre o assunto pela revista ProXXIma, as ficções digitais seriadas são uma das "100 coisas para se prestar atenção ao longo deste ano"

domingo, 6 de janeiro de 2013

A falácia da audiência e o paradigma dos anunciantes


Sem dúvida alguma a internet é a solução para a falta de criatividade (para não falar outras coisas) da televisão brasileira. É incomparável em termos de qualidade o nível de conteúdo feito por artistas independentes e que graças a Deus agora têm a oportunidade de mostrar seu trabalho para o mundo. Esta revolução já aconteceu no mundo da música e destruiu boa parte de uma indústria que se pensava imbatível. Hoje, a televisão já está sofrendo com isso. Inúmeros trabalhos voltados para web tem audiências maiores e muito mais confiáveis do que na TV. 

Vejamos alguns exemplos. As tvs a cabo, principalmente os canais de filmes e séries, nos obrigam a ver os mesmos episódios e filmes durante todo o mês. Meu Deus! Não aguento mais ver anunciar Hellboy, A Múmia e as maratonas de Friends e CSI. Além de cobrar um absurdo por isso, há intermináveis e horrendos comerciais de perfumes, inseticidas, sabões em pó, etc. 

Por outro lado, na internet, temos portais como o Netflix, Hulu e tantos outros que oferecem os mesmos conteúdos a preços bem inferiores e com a liberdade de vermos apenas o quer realmente queremos.

Para um esclarecimento mais técnico da falácia que é a audiência a tv, cada ponto do Ibope em SP representa 50 mil domicílios. (Isso mesmo! Não interessa se você mora em qualquer outra parte do país, você vai ver o que São Paulo, que atualmente é quem paga as contas, quer ver.).

Então vamos uma conta rápida: Se um programa atinge 20 pontos de audiência ele tem 1 milhão de espectadores, certo? Bem... mais ou menos. Ou vocês acham que o IBOPE tem um aparelhinho em cada uma das casas desses 1 milhão de espectadores. Eles colocam um número muito inferior e fazem uma projeção para praticamente o país inteiro. Isso quer dizer que se uma pessoa assiste ao "Esquenta" na Globo, eles dizem que milhares de outras pessoas (inclusive eu e você) no país inteiro também assistem!!!! E assim são decididos bilhões de reais em publicidade. É meu amigo, você não leu errado, são bilhões mesmo!!! Os dados de 2011 revelam alguns dos maiores anunciantes privados do país: Casas Bahia (R$ 3,3 bilhões) e Unilever (R$ 2,6 bilhões) e o Bradesco (R$ 1,092 bilhão.)

Será que os anunciantes, e agencias ainda não conseguiram enxergar que na internet o retorno é muito maior? Se um video no Youtube é visualizado 1 milhão de vezes, ele realmente foi visto por um milhão de espectadores. Ta certo que nem sempre são usuários únicos, mas temos a certeza de que mensagem foi vista um milhão de vezes, sem projeções ou suposições matemáticas. Além disso é possível saber de onde vieram estes acessos, por quanto tempo ficaram assistindo e o que estes espectadores pensam sobre o assunto. Essa é a melhor parte, a chamada TV Social! Enquanto assistem, os "webespectadores" curtem ou compartilham sobre o que estão assistindo, e este acompanhamento pode ser feito em tempo real e sem precisar pagar o IBOPE,

Parece muito mais confiáveis, não acha? O problema é que as agências e as emissoras não querem dividir o bolo. Eles olham para a internet como inimigas. E de ceto modo são mesmo. Os números dizem que cada vez mais a audiência está migrando para a internet, já que lá há um sem número de conteúdos grátis, feitos por produtores independentes que deixam qualquer produção de qualquer emissora aberta lá para atrás, seja em qualidade técnica ou de conteúdo. Então, ao invés de as emissoras se juntarem a estes produtores de conteúdo para que todos ganhem, inclusive os mais interessados nesse assunto que é você espectador, elas simplesmente tentam matá-los... 

Vejam por exemplo o Netflix, site de distribuição de videos, que lançará uma série chamada House of Cards, que foi totalmente pensada de acordo com os dados que o site tem de suas audiências. Comandada por David Fincher e estrelada por Kevin Spacey, a trama foi adapta do romance britânico homônimo de Michael Dobbs, situado no fim do mandato de Margaret Thatcher como Primeira-Ministra da Inglaterra. A trama acompanha a disputa pelo cargo, com a saída da Dama de Ferro. 



Um dado interessate sobre este trabalho é que a gigante dos streamings Netflix, fechou um acordo estimado em mais de U$ 100 milhões para ter exclusividade sobre House of Cards. Numa manobra ousada e sem precedentes, a locadora virtual venceu a disputa com monstros da TV a cabo americana, como HBO e AMC. O formato pioneiro chamou atenção por fugir completamente dos padrões de produção em Hollywood. Normalmente uma série recebe luz verde para produzir um episódio piloto, que se aprovado, recebe ordem para mais episódios. House of Cards já recebeu logo de cara um pedido de duas temporadas com 13 episódios cada.

Fiquem espertos, não desistam produtores independentes do meu Brasil, pois a revolução já começou e quem está levando a melhor somo nós.


Nova Websérie...

2013 promete, e uma das novas wbséries da Cinemarketing irá se chmar "Nascido Morto" com roteiro de Alex Moletta. Ela conta a história de Renato Mendes, um homem que não sente absolutamente nada.  Ele nasceu Morto e foi abandonado por sua mãe biológica no lixo. Encontrado e adotado por uma policial militar ele cresceu alimentado pela TV, como um ser muito estranho e anti-social. Após a morte de sua mãe adotiva durante uma investigação policial, Renato decide se vingar e descobre uma forma de extravasar sua habilidade e inteligência psicopata contra o lixo da sociedade. Mas não esperava encontrar em seu caminho Beatriz, uma bela desenhista e tatuadora que conheceu ainda na infância. A única pessoa capaz de fazê-lo sentir, de lhe dar a capacidade de amar, mas também de torná-lo humano e vulnerável. 


A história de NASCIDO MORTO se passa nos dias atuais, numa sociedade preconceituosa, incoerente, discriminatória e que luta para manter as aparências de equilíbrio e justiça sociais. Os personagens estão imersos num universo onde o submundo e a obscuridade viciantes do capitalismo e da concentração de riquezas e poder estão com o mesmo peso de valores que a utopia da sociedade solidária, humana e consciente do meio em que vive tenta sustentar. As personagens de Nascido Morto transitarão livremente por essa dicotomia social contemporânea entre a luz e as trevas.

Estes são alguns dos Storyboards da websérie:




quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Que venha 2013!!!



O ano novo chegou e com ele muitas novidades e todas frutos das sementes que foram plantadas nos últimos 5 anos da minha vida. Começo já com a participação no maior festival de webséries do mundo com a minha Websérie Heróis. Isto é sem dúvida a coroação de um grande e árduo trabalho coletivo que culminou com um projeto único na cinematografia nacional.

Além disso, retomo as minhas atividades docentes e com a expectativa de aprovação no meu mestrado onde vou pesquisar sobre uma nova forma de dramaturgia que é totalmente influenciada pelos novos comportamentos da nossa sociedade.

Sem falar que estréio neste mês a minha coluna em uma revista especializada em produção audiovisual, a zoom Magazine, onde vou falar exclusivamente do universo das webséries.

E tem mais, para 2013, pretendo lançar outras webséries em parceria com grandes grupos de comunicação. Quais serão... Em breve farei o anúncio!!!


Seca no Lago de Furnas



O Lago de Furnas passa por uma das piores secas já registradas. Fiz estas fotos para servir de exemplo e colocar de vez na cabeça das pessoas que todos nós somos responsáveis por isso e devemos dar nossa contribuição para mudar este cenário horrível. Será este o legado que deixaremos para as próximas gerações? Claro que não! Sabe por quê? Porque está acontecendo aqui e agora! ACORDA!!!






Veja o álbum completo clicando aqui

Websérie Heróis em Los Angeles



Agora é oficial! A websérie Heróis vai participar do Festival de Los Angeles. O maior e mais importante festival de webséries do mundo!!!