quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A minha websérie Heróis, sobre o Brasil na segunda Guerra Mundial, está concorrendo na Mostra Competitiva de Pilotos 2011 do Festival Internacional de Televisão no Rio de Janeiro que começa dia 16 de novembro, no centro cultural do Flamengo. Programação inclui mostra competitiva, debates e exibição de atrações internacionais premiadas.



O Festival Internacional de Televisão é realizado pelo IETV – Instituto de Estudos de Televisão, com patrocínio da Petrobras e apoio cultural do Oi Futuro. A nova produção nacional de TV vai estar na Mostra Competitiva de Pilotos Brasileiros, onde serão exibidas 70 obras em três categorias. Elas serão avaliadas por um júri de 19 executivos de programação das principais redes abertas e fechadas do país. O melhor da produção internacional recente vai ser apresentado no Festival dos Festivais, com a exibição de programas vencedores de eventos similares ao FITV, realizados em outros países.

Produtores brasileiros e os principais programadores terão um encontro de um dia inteiro no É O Canal!, que reunirá os criadores de conteúdo do país com executivos de redes como o GNT, a BBC, o The History Channel e outros. O último dia do Festival apresenta os tradicionais Encontros Internacionais de Televisão. Este ano, os encontros vão discutir a mais recente tendência do meio, a TV Conectada.

Participam os maiores especialistas brasileiros sobre o assunto e convidados internacionais como Seth Shapiro, CEO da New Amsterdam Media e Richard Kastelein, CEO da Agora Media Innovation. O Festival Internacional de Televisão é realizado pelo IETV – Instituto de Estudos de Televisão, com patrocínio da Petrobras e apoio cultural do Oi Futuro, e realizado no centro cultural do instituto no Flamengo. Informações detalhadas estão em www.ietv.org.br/festival.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Semana do Audiovisual em Sabará



A SEDA - Semana do Audiovisual é um festival integrado de cinema, realizado pelo Circuito Fora do Eixo. Surgiu em Cuiabá (Mato Grosso) em 2006, com o intuito de fortalecer a cadeia produtiva do audiovisual na cidade, oferecendo oficinas para a capacitação técnica, mesas de debates e mostras de vídeos nacionais. 

Em 2011, Sabará receberá sua primeira edição tendo em sua programação mostras, oficinas teóricas e práticas, painéis de debates, shows e outras atividades responsáveis por promover a intersetorialidade do audiovisual com outros segmentos artísticos.

O projeto será realizado entre o dia 31 de outubro a 05 de novembro, uma semana de intensas atividades reunindo um público de cerca de 400 pessoas dos 12 aos 65 anos. Além de Sabará, a SEDA acontecerá em 40 cidades de todo o país até o final deste ano, produzidas pelos vários pontos de articulação do Circuito Fora do Eixo, distribuídos em 25 dos 27 estados brasileiros.

Fabricantes de câmeras de cinema abandonam o filme em película

Por Henrique Cesar Ulbrich.

Os três maiores fabricantes das caríssimas câmeras de cinema não mais fabricarão modelos de película. O cinema, a partir deste 2011, será exclusivamente digital – pelo menos, no que depender de equipamento novo. De acordo com um artigo no site da revista Creative Cow, a alemã ARRI, a francesa Aaton e a norte-americana Panavision encerraram, sem muito alarde, a fabricação de câmeras de cinema que usam os tradicionais filmes “de película”. O artigo, aliás, foi apropriadamente intitulado Film Fading to Black, fazendo referência ao efeito de escurecer a cena até a tela ficar completamente negra, normalmente usado para encerrar a história. Bill Russel, vice-presidente de câmeras da ARRI, conta que o problema não é a diminuição gradual do uso dessas câmeras. Em entrevista à Creative Cow, deixou claro que a coisa foi cataclísmica: “a demanda por câmeras de película, em todo o mundo, simplesmente desapareceu”. Segundo Russel, esse foi o motivo pelo qual a empresa, desde 2009, só monta câmeras de película sob encomenda. Jean-Pierre Beauviala, fundador da Aaton, faz côro: “Absolutamente ninguém compra mais essas câmeras. Por que comprar uma nova, se há tantas usadas muito mais barato pelo mundo? Não sobreviveríamos nessa atividade se não projetássemos nossa própria câmera digital”. Obviamente, isso não implica que filmes em película vão parar de ser rodados imediatamente. Por muitos anos ainda as câmeras existentes e os rolos de filme virgem (ainda fabricados) se transformação em arte. Todavia, o fato marca o declínio indelével dessa mídia. Podemos esperar que, em breve, Kodak e Technicolor parem também de produzir as próprias películas, que se tornarão cada vez mais difíceis de encontrar, manipular revelar e editar. Como o próprio Creative Cow definiu a situação: “Alguém, em algum lugar do mundo, tem em mãos hoje a última câmera de cinema ‘das antigas’ a sair de uma linha de produção". Ou, como resumiu o site Saloon.com: as câmeras de filmes serão para o cinema o mesmo que as máquinas de escrever são hoje para a literatura. Mesmo o cinema digital pode, em breve, morrer, segundo o artigo da Creative Cow. A internet conseguiu fazer o que a TV não havia conseguido: tornar o cinema menos relevante. Quem nunca desistiu de ir à sala de projeção porque já havia visto o filme na telinha do computador – possivelmente pirateado – que atire a primeira pedra. É triste. Mas o mundo gira. É preciso.