segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Já sabia...

Lembro-me muito bem que em 2005, deslumbrado com uma novidade chamada Youtube e com a energia dos meus 20 e poucos anos, decidi fazer minha primeira websérie chamada  Artigo 159. Apesar da inexperiência, foi um trabalho inesquecível para mim porque foi determinante para que eu hoje tivesse sucesso em meus projetos.


Na época estava fazendo minha pós-graduação e lembro-me muito bem que, empolgado com os resultados da minha experiência, propus para minha orientadora que iria fazer o meu trabalho final sobre o assunto. Prontamente ela disse: "Isso não vai dar certo. Vídeo pela internet nunca vai superar a televisão. Melhor deixar isso pra lá. Vamos trocar o tema do seu trabalho final." Diante de uma briga perdida acatei a decisão da minha orientadora. Mas nunca abandonei minhas idéias. Na verdade nem me lembro sobre o que foi o meu trabalho final...

Já em 2011 quando lancei minha websérie Heróis, fiz com um discurso firme sobre o que eu pensava para os próximos 5 anos. Em várias entrevistas que dei, afirmava que o conteúdo profissional iria superar a explosão do conteúdo amador que inundavam e inundam nossas redes. Com uma explicação bem silmples: estes são conteúdos efêmeros e vazios e que apesar dos milhões de views, não agragam nenhum valor a qualquer marca e são facilmente esquecidos. Diferentes dos conteúdos profissionais atravessam os anos formando opiniões e deixando suas marcas nas nossas vidas.

E hoje fui "surpreendido" com a notícia de que a Netflix detém, sozinha, quase um terço de todo o tráfego de internet na América do Norte no horário nobre. Foi o que revelou um estudo divulgado pela Sandvine, uma empresa canadense de banda larga. Segundo o levantamento, 31,6% de todo o tráfego de internet em desktops (computadores) está associado ao consumo de filmes e séries de TV na Netflix. O YouTube aparece em segundo lugar, com 18,69% do tráfego. Ou seja, mais da metade do tráfego na internet está em sites de vídeos em streaming. A Amazon Video, que se apresenta como concorrente da Netflix, está em um distante oitavo lugar, com 1,61% do tráfego. A Hulu, site de vídeos pertencente ao grupo NBC Universal, vem logo atrás do Facebook, na décima posição, com 1,29% do tráfego. Confira tabela completa elaborada pela Sandvine:


O que o futuro nos aguarda? Bem, vou dar uma dica para os meus amigos produtores: Já pensaram no processo de gameficação das narrativas audiovisuais? Não? Você está ficando atrasado... Voltarei ao assunto em outros posts!

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