Resolvi averiguar... No entanto, para o meu azar, ela estava fechada. Mas como estava de posse da minha inseparável "Kodakzinha" não perdi tempo e comecei a registrar o momento. Quando já estava indo embora, vi no final do morro vários vagões abandonados.
Não me contive e fui ver de perto. Para minha surpresa, descobri uma estação desativada, que infelizmente agora serve apenas de esconderijo para bêbados e drogados que lá fazem de tudo e qualquer coisa.
Mas ao lado da estação, havia uma "vendinha", dessas bem típicas do interior de Minas, comandada pelo Sr. Wilson, de 80 anos. Ele me contou tudo sobre a estação, que se chamava Gonçalves Ferreira. Ele me contou também que sua vida inteira esteve atrelada aos trilhos de Minas. Seu pai foi Chefe de estação, dois de seus irmãos também e uma de suas irmãs foi a dona do restaurante que ainda está de pé, ao lado da estação de Gonçalves Ferreira.
Ele relembrou com muita emoção o tempo em que os trens paravam por lá e faziam movimentar a vida nas pequenas cidades da região. Ele ainda tem guardado um bilhete de viagem do trem "expresso" que partia dali com destino a Divinópolis.
Neste final de semana vou lá novamente para gravar o depoimento dele e deixar registrado a memória dos ferroviários de Minas e quem sabe pensar em um documentário maior... Até lá.