domingo, 11 de setembro de 2011

"O Homem do Futuro". Pra ser sincero eu recomendo!


Ontem fui ao cinema para assistir "O Homem do Futuro" e pra ser sincero eu recomendo! Apesar de algumas ressalvas...  Eu explico.

Pra começar, abro com uma frase do grande Paulo José, um dos nossos titãs das artes cências. Certa vez ele disse que "o Brasil faz o melhor cinema brasileiro do mundo!". Trocando em miúdos, essa frase quer dizer que a minoria dos diretores que tedém 99% do mercado nacional (digo, captação de recursos nacioanis) ficam tão preocupados em reinventar a roda do cinema, tão procupados com o próprio umbigo que realizam filmes que nem eles mesmos conseguem explicar (até mesmo assistir).

Sempre fui um fã do cinema fantástico e sentia muita falta desse gêneros aqui no Brasil. Talvez por isso tenha optado por fazer meus trabalhos com esse tema... Mas enfim, não estou qaui em causa própria, mas para falar de Cláudio Torres, nosso diretor em questão. E ele trabalha o gênero muito bem e de forma honesta.

Pra quem não conhecesse, a trama gira em torno de Zero (Wagner Moura, no melhor de sua veia cômica), pesquisador brilhante, professor excêntrico e homem amargurado que está trabalhando num projeto que pode mudar o mundo. Contrariando as ordens da chefe (Maria Luísa Mendonça, ), o cientista dá início a um experimento e viaja 20 anos no passado, para 1991. Uma data fundamental que definiu todos os rumos da sua vida.



Antes de assistir pesquisei algumas críticas e fiquei chateado com alguns que diziam que o cinema brasileiro está se rendendo às fórmulas do cinema americano... Bobagem! Por que não podemos aprender com eles e aplicar a nossa realizade, às nossas histórias. Afinal, grandes trabalhos de autores como Shakespeare nada mais são do que releituras de grandes mitos da antiguidade.

Pra quem é fã de cinema (até mesmo de "Tela Quente" e "Sessão da Tarde") fica claro algumas influências como Efeito Borboleta, a trilogia "De Volta para o Futuro" e até mesmo "Exterminador do Futuro" e o uso abusivo de alguns elementos típicos da sociedade norte-americana, como o tradicional baile de formatura, convertido numa festa a fantasia de final de ano. O que na minha opinião, não atrapalha em nada o desenrolar do filme, que ganha um trama bem divertida.

O roteiro tem alguns "buracos" que apesar do bom ritmo da montagem, o diretor não conseguiu disfarçar, como o momento em que na tentava de encontrar uma forma alternativa de energia o personagem de Wagner Moura entra numa cápsula e se tranca lá dentro, resultando na sua viagem no tempo. Poderia ser de outra forma. Mas afinal, não se trata de uma comédia romântica corajosa ou com diálogos inteligentes: o negócio aqui é jogar para ganhar, sem arriscar. Essa parcela ficou a cargo da extravagância da ficção científica.

Por falar nisso, a parte técnica de "Homem do Futuro", por sua vez, não deixa nada a desejar. Os efeitos especiais são convincentes, de uma forma pouco explorada no cinema nacional, e conseguiram até converter o Teatro Municipal de Paulínia, cidade onde parte das cenas foi filmada, num arranha-céu futurista.

Como disse, é um trabalho que vale a pena ser visto!

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